Compreendida, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como aquela que permite aos educandos mobilizarem conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, a fim de que solucionem demandas complexas da vida cotidiana, a formação integral é o objetivo que norteia a reforma da última etapa da Educação Básica.
Por isso, aprovado em 2017 e previsto para ser adotado a partir de 2022, o Novo Ensino Médio será caracterizado por um currículo mais flexível, no qual o conhecimento acadêmico, construído nas 1800 horas-aula destinadas à formação geral, será complementado por 1200 horas voltadas aos itinerários formativos – unidades curriculares escolhidas pelos jovens, à luz das suas aptidões e dos projetos de vida.
Ainda em processo de estruturação, as particularidades do currículo a ser implementado pelo Colégio Notre Dame puderam ser vislumbradas pelos estudantes matriculados da 1ª à 3ª Série, por meio de mais uma edição das “Oficinas para a Vida” – projeto pedagógico que visa oportunizar a aplicação dos aprendizados teóricos, promovendo, também, a integração entre os adolescentes.
Para tanto, eles tiveram de tomar a difícil decisão de escolher, entre as oito oficinas ofertadas, as duas das quais participariam.
Distribuídas em dois dias letivos, elas contemplaram as mais diversas temáticas, permitindo à equipe de gestão escolar identificar quais áreas são mais hábeis em despertar o interesse dos jovens. “Com elas, temos observado que os estudantes adoram atividades que envolvam culinária”, menciona a coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Catiucia Carniel Gomes, afirmando que tal percepção é essencial para que os itinerários delineados se mostrem verdadeiramente atrativos aos adolescentes.
Na terceira edição da iniciativa, por exemplo, os educandos que demonstram tal inclinação puderam inscrever-se na oficina intitulada “Tempero para Vida sob a Óptica das Diferentes Linguagens”.
Durante ela, os jovens construíram saberes acerca das sustâncias que, utilizadas pela indústria alimentícia, podem ser prejudicais à saúde. Para tanto, foram instruídos pela docente de Química, Eliane Deferrari, a preparar um tempero culinário à base de ingredientes naturais.
Entre as demais vivências oportunizadas neste ano letivo, também estão as oficinas de protagonismo estudantil, nas quais se debateram temáticas escolhidas pelos próprios participantes. “Dessa forma, pretendeu-se estimular a compreensão de que a posição do outro é tão relevante quanto a minha”, explica o educador responsável pela disciplina de Sociologia, Gabriel da Rosa, frisando que, para formular a própria opinião, é necessário entender a perspectiva alheia.