Estudantes são orientados sobre a abrangência, para a vida acadêmica futura, da realização do ENEM
5 de junho de 2015 Notícias, Portal

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado pelo Governo Federal em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho dos estudantes, ao final da educação básica. Dessa forma, ele serviria como um instrumento capaz de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino no país, ao diagnosticar as deficiências do ensino escolar. Em sua primeira edição, a avaliação contou com mais de 157 mil inscritos, mas, incentivada pela isenção da taxa de inscrição para estudantes da rede pública e o apoio das Secretarias Estaduais de Educação, das instituições de Ensino Médio e das de Ensino Superior, ela obteve, pouco a pouco, maior abrangência. Sua popularização, contudo, se consolidou em 2004, com a instituição do Programa Universidade para Todos (Prouni), pelo Ministério da Educação. Com ele, a concessão de bolsas de estudo para o ensino superior foi atrelada à nota obtida no exame e, já no ano seguinte, o Enem alcançou a marca histórica de três milhões de inscritos. Desde então, o número de participantes no exame tem crescido anualmente, chegando a 8,7 milhões de inscritos, em 2014.

Conversa sobre o Enem, com Claudia ToldoEsses números refletem a importância que a avaliação conquistou em sua trajetória, sobretudo, por já não se configurar mais apenas como um sistema de autoavaliação, mas, principalmente, como forma de ingresso no Ensino Superior e como pré-requisito para se vivenciar uma série de oportunidades, durante a vida universitária. Esses aspectos sobre o Enem foram salientados pela supervisora de ensino da Rede de Educação Notre Dame, Claudia Toldo, durante uma conversa com os educandos de 2ª e 3ª Série do Ensino Médio do Colégio Notre Dame, realizada na última terça-feira (02).

Muito além de recordar os estudantes de que o Exame Nacional do Ensino Médio é uma prova individual, que pode ser respondida por concluintes ou por quem já concluiu o Ensino Médio, composta por Redação e 180 questões sobre as quatro áreas do conhecimento – Linguagens, códigos e suas tecnologias; Ciências humanas e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias; e Ciências da natureza e suas tecnologias –, Claudia enfatizou as características do seu modelo de avaliação. “O Enem avalia o candidato com base na aferição das estruturas mentais com a quais se constrói continuamente o conhecimento e não apenas na memória”, esclareceu. Por isso, através das questões interdisciplinares e contextualizadas, o Exame valoriza a autonomia em fazer escolhas e tomar decisões, além de denotar domínio da norma culta da língua e das linguagens matemática, artística e científica; capacidade de construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento; habilidade para selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas e disponíveis em situações concretas e aptidão para recorrer ao conhecimentos desenvolvidos na escola.

DSC_9116Com o intuito de delinear aos estudantes a dimensão do Exame Nacional, para o qual poderiam inscrever-se até a sexta-feira (05), a supervisora salientou que, apesar do seu caráter voluntário, a nota obtida na prova é imprescindível para a vida acadêmica futura. Além do Prouni – que concede bolsas de estudo parciais ou integrais, em universidades privadas, para aqueles que cursaram o ensino básico na rede pública ou foram bolsistas em escolas particulares -, atualmente, muitas instituições de Ensino Superior públicas e privadas adotam o resultado do Enem, seja de forma total, parcial ou como ponto de corte, em seus processos seletivos. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona candidatos de todo o país para vagas em universidades públicas também utiliza a nota da avaliação como parâmetro.

Além de enumerar as situações nas quais o ingresso na graduação está atrelado ao resultado obtido na avaliação, Claudia ainda apontou os benefícios que, durante o curso, podem ser obtidos pelos estudantes que conquistam boas notas no Enem. Além da possibilidade de contrair o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) – que financia a graduação de estudantes matriculados em instituições não gratuitas, tendo a nota mínima de 450 pontos como pré-requisito -, bolsas de iniciação científica, participação em projetos de pesquisa e, inclusive, intercâmbio estudantil, como o Ciências Sem Fronteiras, dependem de um bom resultado no Exame Nacional do Ensino Médio.

Por isso, Claudia estimulou os estudantes a se prepararem para as provas, encararem os estudos com seriedade e dedicação. “A nota do Enem poderá não só influenciar na conquista do curso desejado, mas também na qualidade da formação que vocês terão durante a vida acadêmica”, reiterou.

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