82 dias. Quando os pensamentos se voltam ao passado, o período compreendido em menos três meses talvez não pareça suficiente para que se viva uma experiência acadêmica verdadeiramente transformadora. No entanto, algumas dezenas de estudantes Notre Dame podem comprovar o contrário. Afinal, exatos 82 dias separaram o momento em que foram convidados a participar de uma maratona criativa do instante em que confrontaram suas ideias.
Voltada a pré-adolescentes matriculados no 8º e no 9º Ano das diferentes instituições que integram a Rede de Educação, a vivência, segundo o coordenador pedagógico do Colégio Notre Dame Passo Fundo, foi inteiramente ao encontro da proposta das escolas para o Ensino Fundamental II. “Considerando como ele busca contribuir com a vida das pessoas, o desafio mantém uma relação estreita com aquilo a que os educandários se propõem”, enfatiza Márcio Marangon, salientando como eles se comprometem em instrumentalizar os discentes para que impactem positivamente o mundo.
Para tanto, prioriza-se a construção de competências socioemocionais e o desenvolvimento de habilidades como a curiosidade, a inventividade e a proatividade, por meio de uma aprendizagem ativa, multidisciplinar e inovadora. Esses foram, justamente, os processos experienciados durante o Hackathon – termo que se origina das palavras em língua inglesa hack e marathon.
Pretendendo ser, de fato, uma maratona capaz de modificar o sistema, a dinâmica foi realizada com o assessoramento da primeira parceira Google da América Latina voltada à transformação digital de instituições de ensino, desafiando os inscritos a unirem esforços para solucionar problemas comuns à sociedade contemporânea. “Todos estavam envolvidos, e isso é fundamental em uma proposta abrangente essa”, exalta a educadora Ana Paula Guareschi.
Capacitada para atuar como mentora dos pré-adolescentes ao longo da jornada composta por práticas síncronas e assíncronas, todas mediadas pelos assessores pedagógicos da Foreducation EdTech, a docente de Informática Educacional do Colégio Notre Dame Passo Fundo testemunhou como os estudantes compreenderam e aplicaram conhecimentos comuns à realidade corporativa, tais como o método Design Thinking, a fim de idealizar o Produto Minimamente Viável que, inspirado pelo desejo de fomentar a empatia, deveria ter um protótipo desenvolvido a partir da linguagem de programação.
Os games delineados pelas equipes de cada educandário Notre Dame foram, então, submetidos à apreciação popular e de um júri especializado, a fim de que fossem escolhidos os times a progredir na competição, representando a sua instituição de ensino na grande final.
Realizada no último sábado (25), por meio de plataforma digital, a disputa foi precedida por um novo Sprint – período de 72 horas em que os classificados deveriam dedicar-se a encontrar uma solução inovadora para a seguinte questão: “Como podemos criar um jogo que reflita sobre uma vida saudável e o bem-estar de todos, em todas as idades?”
Dispondo de apenas um minuto para persuadir os avaliadores externos da relevância da sua ideia, os estudantes do Colégio Notre Dame Passo Fundo, Henrique Surian Stobbe, Bruno Lima Kuhn, Manuela Carard Scorteganha, Lívia Ramos Pereira e Antônia Curi Morais, sagraram-se os campeões da disputa.
Desafiados pelo terceiro dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, os integrantes da equipe Ratamahatta delinearam e, apropriando-se das ferramentas disponíveis na plataforma Scratch, desenvolveram uma dinâmica capaz de enfatizar, por meio de bonificações, os hábitos que contribuem com a manutenção da saúde física e mental.
A consagração, de acordo com Manuela, é a recompensa pelo esforço empreendido em cada uma das etapas do desafio. “Passamos bastante tempo criando, fazendo e refazendo, com o intuito de chegarmos ao melhor resultado possível”, afirma. Henrique, por sua vez, considera que a premiação também reconhece a persistência e a organização do grupo – aspecto igualmente valorizado por Bruno. “Não tivemos problemas quanto à execução das tarefas, pois as dividimos e cada um fez a sua parte”, descreve o estudante que, após ensaiar repetidamente para o Pitch, defendeu a proposta do time diante do júri, composto por docentes e coordenadores escolares sem qualquer vínculo com a Rede de Educação Notre Dame.
Conheça os demais premiados:
2ª Colocação:
3ª Colocação: