Em 28 de março de 1968, Edson Luís de Lima Souto, de 16 anos, foi morto pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, enquanto 300 estudantes organizavam uma manifestação contra o aumento do preço da refeição no restaurante estudantil “Calabouço”, em meio à tensão do quarto ano da Ditadura Militar no Brasil. A mobilização em torno da morte do educando foi o estopim para a primeira grande manifestação pública daquele ano, que culminaria, três meses depois, com a Marcha dos 100 mil, um dos principais protestos contra o governo ditatorial. Pelo seu valor histórico, a data foi instituída como Dia do Estudante Secundarista.
Por meio do resgate do fato e de sua repercussão, o coordenador pedagógico, Maurício Paim, deu início à atividade em comemoração à data, realizada na segunda-feira (28), no Colégio Notre Dame. Reunidos no auditório da instituição de ensino, os educandos do Ensino Médio acompanharam, atentos, ao relato histórico, que objetivou provocar questionamentos sobre qual é o seu papel social nos dias atuais.
Depois desse momento, os educandos foram apresentados e convidados a participar do projeto Desafio das Escolhas. Desenvolvido ao longo do Ensino Médio, ele objetiva ajudá-los a tomar decisões conscientes sobre a futura carreira, com base em informações claras e em seu perfil psicológico.
Além de proporcionar aos estudantes contato com profissionais atuantes nas suas áreas de interesse, selecionadas através de levantamento, e visitas a instituições de ensino superior e feiras do gênero, o projeto realiza testes vocacionais e oferece suporte psicológico para que o a opção seja com tranquilidade e assertividade. “ A gama de cursos superiores está cada vez maior e as dúvidas dos adolescentes também. Por isso, oferecemos esse suporte em um momento tão importante de suas vidas”, destaca a psicopedagoga do Colégio, Daniella Maciel.
Ao encontro da proposta do Desafio das Escolhas, os estudantes também assistiram à palestra “Escolha ser feliz”, ministrada pelo vice-diretor da instituição de ensino, Vanderlan Lima. Através de uma linguagem jovem e irreverente, utilizando metáforas de situações cotidianas dos adolescentes, o palestrante falou sobre a importância do autoconhecimento ao fazer a escolha profissional, além de ter destacado a necessidade de levar em conta as suas habilidades e aptidões.