Não, não é uma brincadeira: essa noção, mesmo tão básica, ainda se faz necessária quando o assunto em questão é o bullying – termo que faz referência a todas as atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia à vítima.
Uma prática reconhecida como um problema crônico no meio educacional, que ocasiona prejuízos não só à aprendizagem, mas ao desenvolvimento integral dos estudantes, o bullying é continuamente prevenido pelo Colégio Notre Dame. “As pesquisas mostram que apenas 40% das vítimas relatam os casos. Por isso, nós, enquanto escola, precisamos oferecer todo o suporte necessário para que as pessoas que, por ventura, sofrem esse tipo de violência se encontrem amparadas e acolhidas para expressar seus sentimentos”, enfatiza a psicopedagoga do educandário, Daniella Maciel.
A profissional reuniu-se com os estudantes matriculados no Ensino Médio, a fim de capacitá-los a reconhecer essas agressões. Também convidado para o bate-papo, realizado na sexta-feira (12), o docente de Sociologia, Gabriel Claro da Rosa, salientou o contexto social no qual o bullying ocorre. “Não há uma dicotomia. Não existe apenas a vítima e o agressor. Se você não está se manifestando contra essa violência, você faz parte dela. Enquanto indivíduo, eu preciso estar ciente que não posso ser conivente com essas ações”, ressaltou, mencionando, ainda, as consequências irreversíveis que essa prática pode representar para o pleno desenvolvimento do indivíduo – um alerta respaldado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além dos adolescentes, os demais educandos do Colégio Notre Dame também participam de atividades alusivas à temática – norteadas por um projeto de fomento ao cuidado com o outro, que prevê a realização de ações adequadas às diferentes faixas etárias.