Proposta, apresentada aos educadores ainda durante a Semana Pedagógica, objetiva aplicar os conteúdos programáticos à resolução de situações do cotidiano
Uma oportunidade de experimentação e de aplicação prática, em situações do dia a dia, dos conhecimentos adquiridos em sala de aula: assim podem ser definidas as Oficinas para a Vida – oferecidas em turno inverso ao ensino regular, para os estudantes do Ensino Médio.
Ancoradas no Projeto Pedagógico que norteia o fazer educacional do Colégio Notre Dame – que visa à construção dos diferentes saberes necessários ao entendimento do mundo, a iniciativa prevê que, a cada mês, quatro oficinas acerca de um determinado tema sejam assistidas pelos educandos que demonstrarem interesse na prática. Uma vez por semana, eles se encontram, em sala de aula ou nos laboratórios da instituição, para participar das vivências que englobam conhecimentos de diferentes áreas, sempre elaboradas, como lembra a coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Catiúcia Carniel Gomes, com base nas Competências Gerais elencadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação e responsabilidade e cidadania. “Elas estão ligadas a três eixos temáticos, os quais englobam as dez competências, e pressupõem o desenvolvimento dos conteúdos, no intuito de resolver situações do cotidiano do estudante”, esclarece.
Trata-se, prossegue a coordenadora, de um projeto piloto, que tem o intuito de oportunizar experiências de aprendizagem diferenciadas e que poderá dar origem aos itinerários formativos – isto é, aos percursos de aprofundamento em uma das áreas do conhecimento ou na Formação Técnica e Profissional previstos na Reforma do Ensino Médio. “Acreditamos que a inovação do Ensino Médio precisa passar pela inserção dos alunos em situações reais, em que eles sejam convocados a participar do processo de aprendizagem, mobilizando conteúdos teóricos para refletir sobre o seu lugar no mundo e poder agir de forma sustentável, consciente e crítica”, finaliza.
Por isso, ainda durante a Semana Pedagógica, realizada no mês de fevereiro, os educadores foram apresentados à proposta, a fim de que propusessem e organizassem as oficinas – cujo primeiro módulo iniciou em 18 de março. Elas estão atreladas aos conteúdos programáticos de cada um dos três segmentos de ensino, mas, como a participação é motivada pelos interesses dos jovens, as práticas oportunizam, também, a integração entre estudantes das diferentes turmas da mesma Série – tal aspecto, na avaliação de Catiúcia, gera maior envolvimento com a construção de saberes, além de favorecer a troca de informações.
Oficinas oferecidas:
1ª Série: “Projetando minha casa sustentável”, “Expressão oral: exercícios para desenvolver a prática da oralidade”, “Amplia tu mundo: la cultura de países hispanohablantes”, “Iniciação científica”, “Projeto de Vida” e “Organizando o pensamento”.
2ª Série: “Matemática financeira”, “Campanha da fraternidade”, “Circuito e Produção Prática de Jogos em Língua Inglesa”, “Justiça punitiva ou justiça restitutiva? O caso “Urso Branco”, “Técnicas de produção e manutenção de bonsai” e “Sonido sin fronteras: música y cultura en Lengua Española”.
3ª Série: “Dando vida à literatura e literatura à vida: de radionovelas a podcasts”, “Leituras obrigatórias da UPF”, “Oficina de identificação e análise das vulnerabilidades vinculadas aos problemas da adolescência”, “Economia Doméstica: Consumo de Energia Elétrica”, “Oficina de criatividade biológica”, “Matemática para o ENEM”, “De viaje: guía práctico de Lengua Española”, “Modelagem”, “O mundo das plantas em um jardim vertical”, “Campanha da fraternidade” e “Liberdade e Responsabilidade”.